Conforme as investigações, vários bairros de Ipatinga sofrem com uma grande deposição de partículas sedimentáveis, conhecidas na cidade como “pó preto”. O MPMG investiga o problema desde agosto de 2016, já tendo sido constatado que, em diversos locais do município, ocorre deposição de partículas sedimentáveis em índices muito superiores ao máximo permitido. No entanto, a empresa, instalada na região central da cidade, tem evitado durante todo esse tempo assinar qualquer compromisso relacionado à solução do problema, informa o promotor de Justiça Rafael Pureza.
No dia 23 de agosto, o MPMG apresentou a Usiminas mais uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que a empresa assuma a obrigação de instalar um sistema de monitoramento das partículas sedimentáveis e reduzir os seus níveis de emissão do poluente, contribuindo para a melhoria nos índices de qualidade do ar da cidade.
Na reunião desta terça-feira, a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente se posicionou com a empresa, afirmando que é inegociável que eventual acordo contemple a criação de um sistema de monitoramento permanente das partículas sedimentáveis e que exista o compromisso da empresa de reduzir as emissões do poluente. Foi solicitado à siderúrgica que apresente os resultados referentes à deposição do “pó preto” em diversos bairros da cidade.
De acordo com Rafael Pureza, a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta permitirá que sejam realizados estudos aprofundados sobre a quantificação e qualificação do poluente, sua origem e métodos de controle na fonte, contribuindo para que seja equacionada uma grande demanda ambiental de Ipatinga.