Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Prefeitura de Ipatinga promove a abertura de mais um grupo(FOTO ao lado) com munícipes que desejam abandonar o vício de fumar.
Na sexta-feira,30, nas dependências do Centro Universitário do Leste de Minas (UnilesteMG), os profissionais da Saúde que atuam na Unidade Básica do Bom Retiro iniciaram com 15 usuários as atividades do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). Nesta edição, os encontros serão realizados às sextas- feiras, das 13h30 às 14h30.
Através do PNCT, o grupo antitabagismo encontra apoio para abandonar o cigarro com a equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, educador físico e farmacêutico da Prefeitura. No Unileste, o grande diferencial é a presença de estudantes e professores do curso de Fisioterapia, além da estrutura do campus para o desenvolvimento das reuniões. Segundo a enfermeira Marcela Reis, 60% dos participantes
conseguiram parar de fumar no primeiro grupo formado neste ano.
E outros 20% reduziram drasticamente o uso do cigarro. “O nosso trabalho consiste em subsidiar para o usuário ferramentas que o ajudem a se manter firme na decisão de parar de fumar. Por isso, são disponibilizadas consultas e atividades com os profissionais, medicamentos. Mas o mais importante é a convicção do paciente em querer mudar seus hábitos, assumindo novas atitudes para uma melhor qualidade de vida”, salienta.
Um caso de sucesso dentro do grupo antitabagismo foi Eliseu Neves Ribeiro(FOTO0), do bairro Bom Retiro, que fumou por 25 anos. Ele conta que, nos últimos meses, consumia cerca de 40 cigarros por dia. Ao ver uma colega vencer o vício, escolheu aderir também ao Programa.
“Eu fiquei com inveja da minha colega, porque todo mundo que fuma, lá no fundo tem o desejo de parar. Quando fui para minha primeira sessão não acreditava que ia conseguir. Porém, a atenção, o carinho, o apoio de toda equipe me ajudaram demais. Hoje já são cinco meses e quatro dias que eu não ponho um cigarro na boca.
Este é um programa do serviço público que nunca deve acabar”, recomenda.
Sessões estruturadas
Ao iniciar o tratamento, os usuários passam por uma consulta médica em que é aplicado um questionário (Teste de Fagerstöm), com objetivo de avaliar o grau de dependência da nicotina e hábitos tabagistas. Na consulta é avaliado também o tratamento medicamentoso necessário para cada paciente.
Ao todo, o tratamento dura 12 semanas. Nas quatro primeiras sessões, que acontecem semanalmente, são esclarecidos os malefícios causados pelo cigarro, as vantagens adquiridas ao deixar de fumar, tanto para a saúde quanto em relação às finanças.
Concluído o primeiro mês, os encontros passam a ser quinzenais e, posteriormente, mensais, para acompanhamento daqueles que ainda necessitam de suporte para evitar que retornem ao vício.
Segundo a professora do curso de Fisioterapia, Mary Lee, “a parceria entre as instituições beneficia, especialmente, os pacientes, que têm acesso a atividades físicas orientadas nos jardins do campus, na sala de anatomia são alfabetizados em saúde, aprendem sobre técnicas de manejo de estresse, relaxamento e meditação”, destaca. “Mesmo sendo uma população em risco, o munícipe que adere ao tratamento contra o tabaco começa a evitar maiores comprometimentos da sua saúde”, reforça.