Prédio da PMI ganha iluminação para campanha ‘Novembro Azul’


FOTO – Os refletores com a cor da campanha ajudam a conscientizar sobre
a necessidade do diagnóstico precoce

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Objetivo é conscientizar os homens sobre a importância dos exames preventivos A fachada do prédio da Prefeitura Municipal de Ipatinga ganhou uma iluminação diferente esta semana. Após o ‘Outubro Rosa’, que sinalizava para a importância das mulheres fazerem o exame da mama, agora é a vez dos homens se conscientizarem sobre a prevenção do câncer da próstata.

Para iluminar a frente do edifício onde se concentram os serviços administrativos do município, na Praça dos Três Poderes, foram utilizados dez refletores com focos luminosos em azul, a cor que representa a campanha de prevenção ao câncer de próstata. A ideia da atual gestão é conscientizar a sociedade, sobretudo os homens, da importância do diagnóstico precoce da doença, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade. A ação é de iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde.
O ‘Novembro Azul’ surgiu na Austrália, em 2003, chamado Movember, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, realizado a 17 de novembro. No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e, quando necessário, fazer o exame de toque, obtendo assim ampla divulgação.
Em 2014, o Instituto realizou 2.200 ações em todo o Brasil, com a iluminação de pontos turísticos (como Cristo Redentor, Congresso Nacional, Teatro Amazonas, Monumento às Bandeiras), corridas de rua e autódromos, além de palestras informativas, intervenções em eventos populares e pedágios nas estradas. Semelhantemente, Ipatinga aderiu ao movimento, e já prepara de 19 a 25 de novembro uma programação com várias atividades alusivas à campanha. Para o dia 25 está programada a corrida do ‘Novembro Azul’, às 9h, no Parque Ipanema, marcando o encerramento das ações.
A doença
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que tenham ocorrido 61.200 novos casos da doença entre 2016 e 2017 no Brasil, constituindo o segundo tipo de câncer mais incidente em homens de todas as regiões do país – com 28,6% dos casos, atrás apenas do câncer de pele.
Apesar dos avanços terapêuticos, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença. As taxas de incidência no Brasil vêm aumentando devido a dois motivos: aumento da expectativa de vida da população (três quartos dos casos de câncer de próstata no mundo ocorrem em homens acima dos 65 anos) e melhoria da capacidade diagnóstica.
De acordo com o Inca, em sua fase inicial o câncer de próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários e até infecção generalizada ou insuficiência renal.
Exames
A Secretária de Saúde de Ipatinga, Érica Dias, lembra que dois exames iniciais têm grande importância para o diagnóstico da doença. “O exame de sangue, por meio do Antígeno Prostático Específico (PSA), e o exame de toque. Esses dois exames, quando associados, podem dar uma segurança de cerca de 90% ou mais, auxiliando no diagnóstico precoce da doença”, explica.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos devem procurar um profissional especializado para avaliação individualizada. Aqueles da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos. (Com informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar).