Bolsonaro foi socorrido e levado à Santa Casa de Misericórdia da cidade. O hospital informou que ele deu entrada na emergência, por volta de 15h40, com “uma lesão por material perfurocortante na região do abdômen”. Segundo os médicos, Bolsonaro chegou com a pressão baixa por causa da perda de sangue.
O candidato teve lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por uma cirurgia que durou cerca de 2 horas e terminou por volta das 19h40. O estado de saúde dele é estável. Por volta das 19h55, Bolsonaro foi levado para a UTI da Santa Casa de Juiz de Fora, onde passará a noite.
Um dos médicos que operou o candidato, Luiz Henrique Borsato, disse que a estimativa é de que Bolsonaro fique de uma semana a 10 dias internado em recuperação. Uma equipe do Hospital Sírio-libanês, de São Paulo, deve chegar ainda nesta noite à cidade mineira para avaliar uma possível transferência de Bolsonaro.
Inicialmente, um de seus filhos, o deputado estadual Flavio Bolsonaro, tinha afirmado que o ferimento era superficial, mas exame indicou a suspeita de uma lesão no fígado.
Na cirurgia, os médicos constataram que não tinha ocorrido lesão no fígado, mas que havia três lesões no intestino delgado – que já foram tratadas. Segundo os médicos, a facada foi profunda e também atingiu uma veia no abdomên.
Em nota, a Polícia Federal afirmou: “[Bolsonaro] contava com a escolta de policiais federais quando foi atingido por uma faca durante um ato público na cidade de Juiz de Fora (MG). O agressor foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da PF naquele município. Foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do fato”.
Agressor preso
No momento em que foi esfaqueado, Bolsonaro fazia corpo a corpo com eleitores na região do Parque Halfeld. O suspeito de atacar o candidato foi identificado pela PM como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Segundo informações da polícia, após o ataque, ele foi agredido por pessoas que estavam no local.
O advogado de Adélio, Pedro Augusto Lima Possa, disse que seu cliente assumiu a autoria do atentado, e que ele agiu por “motivações religiosas, de cunho político”. “Ele não tinha intenção de matar, em momento algum. Era só de lesionar”, disse Possa.