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Cadernos que marcaram presença na vida de escritores e de artistas inspiram o formato do novo catálogo de Vanuza Bárbara
Cada pessoa por seus motivos, quem é que nunca teve um caderno? Mas foi pensando nos escritores e suas horas a fio dedicadas a rascunhar suas poesias e pensando muito nos artistas traçando seus desenhos sob o signo da liberdade da criação é que a estilista e artista visual, Vanuza Bárbara, produziu o seu caderno. A obra traz a sua última coleção Música para Bordar e será lançada às 19h30 de quinta-feira,19, no segundo piso do Shopping do Vale do Aço.
Além de ensaio fotográfico das peças que compõem Música para Bordar, o caderno de Vanuza apresenta o processo criativo da coleção e outras ações integrantes do projeto, como oficinas, lançamento de Música para Bordar na Estação Memória, na Casa de Cultura de Antônio Dias e na Aperam. O caderno traz ainda croquis, letras de música que inspiraram as criações de Vanuza Bárbara e textos de pessoas ligadas ao trabalho da estilista.
“Muito familiar entre as pessoas que gostam de registrar suas lembranças, lembretes, projetos, mesmo em tempos de aparatos tecnológicos em alta, os cadernos sempre tiveram sua importância, principalmente, no meio artístico. Esse meu novo impresso, em formato de caderno, é semelhante a um diário, mas não com registros tão amiúdes”, explica a estilista. Segundo adianta, o impresso traz anotações que realçam fatos importantes sobreMúsica para Bordar. Em seu caderno, ela homenageia família, amigos, parceiros de trabalho, como os músicos que se apresentaram em lançamentos da mais recente coleção. Esse capítulo traz retratos do grupo em aquarelas assinadas por Rogério Terra.
Os patrocinadores de Música para Bordar também têm uma sessão dedicada a eles, com textos em agradecimento ao apoio dado ao projeto, pela importância que têm na realização da nova coleção. “Esse catálogo é um caderno de gratas memórias que não podem se perder com o tempo. O cuidado com que foi produzido é bem semelhante ao cuidado que a gente tem com os cadernos da escola, afinal, quem gosta de arte sempre tem um caderno diferenciado, que reúne, além de textos ditados, os inventados, os desenhos livres que deixam mais as marcas de quem a gente é, as marcas dos esboços que não conseguimos apagar sem deixar sombras desajeitadas, borradas”, compara Vanuza Bárbara.
Ainda segundo a estilista, Música para Bordar revela seu aprendizado em andamento e permanente, sua determinação em trilhar pela moda sem perder o fio da meada que é, por meio de suas atividades, se conectar às artes, às pessoas, considerando os aspectos sustentáveis de cada projeto que realiza.
O publicitário e designer, Hérique Assis, parceiro dos projetos de Vanuza Bárbara, comenta que, nos primeiros anos de escola, o estudante nunca é completamente autor dos seus cadernos, mas escriba, em boa parte do que faz. “Em Música para Bordar, a dimensão da escritura é outra, pois o que se relaciona à arte precisa ter autonomia. Então, temos uma obra livre, o que não quer dizer que tenha sido criada solitariamente. O caderno é um expositor do trabalho de vários artistas, colagens de parcerias valiosas, uma coletânea de amostras do que faz e sente esse grupo sempre disposto a aprender, reaprender a partir do compartilhamento de ideias”, conclui Hérique.