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Indicador de Condições Gerais registrou 33,4 pontos em junho, abaixo do observado em maio, que estava em 42,5 pontos. O resultado evidencia que a maioria dos entrevistados notou algum tipo de piora ao observar conjuntamente o desempenho da economia e dos negócios nos últimos seis meses.Em termos percentuais,
66% dos micro e pequenos empresários avaliaram que a economia piorou nos seis últimos meses — em maio, esse índice era menor (46%). Apenas 11% notou uma sensível melhora. Essa mesma percepção negativa também se repete quanto à avaliação do próprio negócio, que aumentou na comparação com maio, passando de
36% no mês passado para 48% em junho. Entre os que sinalizaram um quadro de piora em sua empresa, 78% acreditam que a redução das vendas está associada à crise, 38% citam o aumento dos preços dos insumos e matérias primas, enquanto 12% mencionaram a inadimplência.
Por outro lado, 17% viram os negócios terem resultados positivos. Os principais fatores destacados para essa performance são o aumento das vendas (50%), melhorias na gestão da empresa (44%), mudança do mix de produtos e serviços oferecidos (21%) e redução dos custos (13%).
Indicador de Expectativas cai de 62,9 pontos para 56,1 pontos. Ainda assim, 53% mostram-se confiantes com o futuro dos negócios
O Indicador de Expectativas, que serve de parâmetro para avaliar o que os empresários aguardam para o futuro, também apresentou queda, passando de 62,9 pontos em maio para 56,1 pontos em junho. Em dados percentuais, 32% mostraram-se pessimistas com a economia para os próximos meses e a principal razão deve-se às incertezas políticas, citadas por 64%. Em seguida, 28% apontam para a questão de as instituições do país não favorecerem o desenvolvimento do empreendedorismo. Os que dizem discordar das medidas econômicas adotadas formam 26% dos empresários pessimistas, enquanto 25% mostram-se preocupados com os riscos de aumento de preços e do desemprego.
Por outro lado, 32% afirmam estar otimistas com o futuro da economia, embora a maioria (63%) não saiba ao certo explicar as razões. Para 16% essa perspectiva positiva deve-se ao fato de o país ter um amplo mercado consumidor, enquanto 15% enxergam uma reação dos indicadores econômicos e 10% avaliam uma melhora no cenário político.
Ao olhar para o próprio negócio, o cenário é mais animador, com 53% dos entrevistados confiantes no futuro. Apenas 14% demonstram pessimismo. Entre as micro e pequenas empresas que têm uma expectativa favorável para o negócio, as razões destacadas são o fato de estarem fazendo uma boa gestão da empresa (42%) e de estarem investindo no empreendimento (36%). Também há aqueles que não sabem ao certo explicar as razões de seu otimismo (33%).
Quase um terço dos entrevistados afirma que vendas foram ruins em maio; 39% esperam crescimento nos próximos seis meses
De acordo com o levantamento, 31% dos micro e pequenos empresários ouvidos disseram que o desempenho das vendas em maio não foi o esperado, enquanto 38% avaliaram como regular e para outros 31% o resultado foi bom. Quando questionados sobre a expectativa de faturamento para seu negócio nos próximos seis meses, 39% acreditam que haverá um aumento no volume de vendas. Já 46% esperam um cenário estável e 8% acham que terão queda na receita.
Entre os que estão otimistas, a maior parte (43%) afirma que vem buscando novas estratégias de vendas, 30% apostam que tudo dará certo, 26% destacam que vão investir na melhoria de gestão e 24% mencionam que pretendem diversificar seu portfólio de produtos. Ainda de acordo com a sondagem, 45% dizem ter conseguido realizar algum tipo de melhoria no negócio, enquanto por outro lado 55% não conseguiram. As principais melhorias destacadas são: reforma da empresa (47%), compra de equipamentos e maquinário (36%), qualificação da mão-de-obra (17%) e ampliação do estoque (17%).