Na terra do gelo não existem sobrenomes de família, então o pessoal de lá se conhece pelo nome dos pais, como ‘Luiz de Rosana’. Parece familiar?
A Islândia é um país nórdico europeu que tem uma população de quase 320 mil habitantes e participa pela primeira vez de uma Copa do Mundo. O país é bem pequeno e, para identificar alguém, as pessoas agem quase como os mineiros: “Cê é fi de quem?”.
Na cultura islandesa não existem sobrenomes. Então, é tradição utilizar, depois do nome, o primeiro nome do pai ou da mãe mais um sufixo: “son”, para os homens, que significa “filho de”, e “dottir”, para mulheres, que significa “filha de”. Fica sendo este o sobrenome da criança. O “s” a mais é como se fosse o nosso “de”. Mas, espera, como assim? Assim mesmo. Igualzinho ao que acontece no interior de Minas, quando alguém fala “Maria de Sebastião” ou “João de Chico”.
O meia da seleção Aron Gunnarsson, que atua pelo Cardiff, do País de Gales, ao ter um filho, poderia lhe dar o sobrenome Aronsson. Se fosse pai de uma menina, ela se chamaria Fulaninha Aronsdottir. Simples assim.
Então, se Neymar e Bruna Marquezine fossem islandeses e tivessem um filhinho, ele poderia ter o sobrenome Neymarsson ou Brunasson. Se fosse uma menininha, Neymarsdottir ou Brunasdottir. Que tal?
Como a regra é essa, as pessoas que têm o mesmo sobrenome não têm, necessariamente, algum parentesco, apenas existe a coincidência de seus pais ou suas mães terem o mesmo nome. E isso acontece também na seleção. Gylfi Sigurdsson e Ragnar Sigurdsson não são irmãos. Os pais deles é que têm o mesmo nome.
E você? Se vivesse na Islândia, como se chamaria?