Roscoe toma posse como presidente da FIEMG e quer debate sobre Estado mais eficiente


Construir um ambiente de negócios competitivo para a indústria mineira. Esse será o grande desafio do novo presidente da FIEMG, Flávio Roscoe Nogueira. Será também sua principal bandeira no comando da entidade que representa 139 sindicatos e 64 mil indústrias no Estado e que terá, segundo Roscoe, foco ampliado na defesa de interesses do setor. “Vamos nos dedicar 24 horas por dia, 365 dias por ano, para construir um ambiente de negócios que nos permita concorrer e conquistar mercados no Brasil e no mundo”, garantiu o empresário em seu discurso de posse, na qunta-feira,24, durante a cerimônia que marcou o início da nova gestão e a comemoração do Dia da Indústria 2018, na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte.
A estratégia do dirigente à frente da entidade mineira passará por buscar o apoio da sociedade na luta contra os problemas que impedem o desenvolvimento do setor produtivo no país. “As dificuldades que impactam a indústria afetam também os trabalhadores e a sociedade brasileira, que é quem paga os tributos. Vamos mobilizar a sociedade para, juntos,defendermos os interesses que, não tenham dúvida, são os mesmos do setor industrial. Para isso, precisamos reposicionar a imagem do empresário, mostrando que é a indústria o maior gerador de empregos qualificados e bem remunerados”, ressaltou Roscoe.
Na presença do presidente da República, Michel Temer, ele defendeu que o governo deve apoiar o setor produtivo, implementando reformas estruturais urgentes para o crescimento, a exemplo da nova legislação trabalhista e do controle de gastos públicos, já em vigor. “Não dá para discutir mudança tributária sem antes debater o tamanho do Estado. O Estado brasileiro é caro, grande e ineficiente. Esta é a reforma principal que deve ser executada no país. A sociedade precisa ser maior do que o Estado, que deve atender as necessidades do setor produtivo e da população. Vamos trabalhar em todos os fóruns, sobretudo no Legislativo, para construir leis vocacionadas ao crescimento econômico”, destacou.
Industrial do setor têxtil, dirigente da FIEMG há 16 anos e presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindimalhas), Flávio Roscoe defendeu ainda o fortalecimento do sistema cooperativo de crédito como solução para “o oligopólio do sistema financeiro”. Ele criticou os impactos das exigências impostas pelo Bloco K (controle de produção e estoque em versão digital que entrou em vigor em janeiro deste ano) e pelo E-social sobre as empresas. “São medidas que aumentam a burocracia em um nível absurdo e que ameaçam a propriedade industrial”, destacou, pedindo que sejam revistas pelo governo.
Flávio Roscoe é sócio-diretor do grupo Colortextil, sediado em Belo Horizonte, um dos principais fornecedores de malhas do país, com mais de 30 anos de mercado. Entre os cargos que já ocupou estão o de diretor da FIEMG, presidente do Conselho FIEMG Jovem e da Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios da entidade. Ele também foi membro do Conselho de Indução ao Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (COIND) e do Conselho de
Administração da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).

Colar do Mérito Industrial vai para o presidente da CNI, Robson Andrade
Dirigente destaca investimentos de R$ 2,5 bilhões pelo SENAI em educação, inovação e tecnologia no país

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade,ressaltou avanços do governo em relação às demandas do setor industrial brasileiro. Ao receber das mãos do presidente Michel Temer e do ex-presidente da FIEMG Olavo Machado Jr. o Grande Colar do Mérito Industrial, Andrade destacou a importância da aprovação da reforma trabalhista, do teto dos gastos públicos e do Refis, que, segundo ele, beneficia não apenas grandes e médias mas também as pequenas empresas. “A reforma trabalhista era algo que o setor produtivo brasileiro tentava há mais de 19 anos e que hoje já significa mais condições de trabalho para a população brasileira. O teto dos gastos públicos deverá contribuir para manter inflação baixa e taxas de juros sob controle”, salientou Andrade.
Ex-presidente da FIEMG e presidente da Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda – empresa mineira de ponta na produção de equipamentos para a indústria – Andrade foi reeleito para o segundo mandato na CNI em 2014. Sob seu comando, o Senai nacional está investindo, em todo o território brasileiro, R$ 2,5 bilhões na construção de 21 centros de inovação, 57 centros de tecnologia, dois navios-escola para levar educação profissional a comunidades da bacia
Amazônica e um grande centro educacional no Distrito Federal.
Industrial do Ano, Otávio Viegas se destaca por inovações no diagnóstico por imagem Fundador do Grupo Prime Holding recebe homenagem por pioneirismo e espírito empreendedor.
Idealizador, fundador e presidente da VMI Tecnologias, Otávio Viegas concluiu um sonho ao inaugurar, em Lagoa Santa, o maior complexo industrial de produção de equipamentos para diagnóstico por imagem através de radiação ionizante do hemisfério Sul. A título de Industrial do Ano 2018 que recebeu da FIEMG em solenidade do Dia da Indústria na Sala Minas Gerais,nA QUINTA-FEIRA,24, foi um reconhecimento a esse esforço empreendedor de Viegas, que fez
das empresas do grupo Prime Holding destaques mundiais em seus segmentos. “Essa homenagem é estendida a todos os industriais mineiros, guerreiros na busca do
desenvolvimento e da geração de empregos para o estado”, afirmou o agraciado.
O empresário iniciou essa trajetória quando fundou, em 1973, a ASSISTAM, voltada para a prestação de serviços de assistência técnica de equipamentos médicos e odontológicos em Belo Horizonte.
A ASSISTAM tornou-se, em dois anos, a maior empresa de assistência técnica de Minas Gerais.
A partir daí, Otávio Viegas fundou a Bel Médica do Brasil, a Bel Eletrônica e, em 1985, decidiu criar uma grande indústria na área radiológica, dando início à concretização da VMI Indústria e Comércio Ltda.
Protagonista na implantação das Normas Técnicas no Brasil que permitiam a venda de seus produtos para o mercado externo, a VMI desenvolveu, sob o comando de Viegas, projetos pioneiros como um scanner de volumes denominado Espectro, destinado, inicialmente, para a
detecção de metais em aeroportos; o primeiro gerador trifásico do país e um mamógrafo
trifásico, entre outras tecnologias.
Dado o sucesso dos empreendimentos sob seu comando, Otávio Viegas abriu suas possibilidades de atuação no mercado e montou a Prime Holding, que gerencia um grupo de empresas, entre as quais VMI Tecnologias, VMI Security, VMI Aeroportuária, VMI Corporation, Alfamed Sistemas Médicos, Serv Imagem Sistemas Digitais e Serviços Técnicos, Construtora Compor, CVM Empreendimentos e Global Trading.
Hoje, a VMI Security se destaca internacionalmente como uma das cinco principais empresas do segmento, sendo detentora do maior portfolio de produtos voltados para inspeção de volumes de pequeno, médio e grande porte. Atuando, inicialmente, em 41 países, a indústria
recém-inaugurada da VMI Tecnologias, por sua vez, tem como missão e desafio maior voltar à
liderança de mercado no Brasil.