Escolas de Timóteo voltam às aulas sem celular


Colégios Católica Timóteo e Católica Padre de Man estão prontos para a volta às aulas sem o uso do celular

Instituições lançam campanha de conscientização e promovem jogos interativos durante os intervalos

O ano letivo de 2025 começou com novidade em todo o país. A lei sancionada pelo presidente restringe o uso de celulares em escolas, com o objetivo de melhorar o foco e qualidade do aprendizado. Com as novas regras, os dispositivos devem ser guardados durante o período de aulas, até mesmo nos intervalos, sendo utilizados apenas quando solicitados para atividades pedagógicas. A medida visa combater a distração causada pelos aparelhos e promover uma maior interação entre alunos e professores, além de incentivar o desenvolvimento de habilidades sociais e de concentração dos estudantes.

Os colégios Católica Timóteo e Católica Padre de Man, em Coronel Fabriciano, já estão preparados para a novidade. Foram enviados comunicados com as novas regras para as famílias e os estudantes serão recebidos, a partir desta quinta-feira (30), com uma campanha de conscientização com o tema “Conexão fora da tela”. A iniciativa visa reforçar a importância de estabelecer limites e promover hábitos saudáveis no uso da tecnologia.

Além disso, os colégios estimulam a interação social durante os intervalos, com atividades recreativas, como cordas, elásticos, futmesas, mesas de pebolim e jogos. “Teremos recreio musical e leitura também. Queremos ouvir os alunos neste momento”, conta Luciney Aparecida Barbosa, diretora do Colégio Católica Padre de Man. “Estamos preparados para dar todo o suporte aos nossos estudantes e famílias. O diálogo é nosso principal instrumento neste primeiro momento”, explica Ledsônia Dias Ferreira, diretora do Colégio Católica Timóteo.

Segundo a psicóloga e especialista em Educação do Grupo UBEC, mantenedor dos colégios Católica em Minas e de outras unidades de Educação Básica no Brasil, Joana Cândida Pinheiro Lima, a presença do celular pode prejudicar o processo de aprendizagem. “A criança precisa de tempo de concentração e atenção. O celular interrompe esse tempo. Em sala de aula, com a mediação do professor, com as atividades dirigidas e as rotinas, esse tempo tende a aumentar e aí acontece a aprendizagem. No momento da distração, o celular interrompe essa captação da informação do aluno”, explica. Joana também ressalta a importância de uma educação digital tanto nas escolas quanto nas famílias.