Doação de sangue: um ato de solidariedade que salva vidas


 

O dia 25 de novembro é uma data fundamental para a saúde pública no Brasil: o Dia Nacional do
Doador Voluntário de Sangue. Esta data é um convite à reflexão sobre a importância de um ato
simples, mas que pode transformar vidas e salvar muitas outras. A doação de sangue é um gesto
de solidariedade que, além de representar um grande benefício para quem recebe, é uma
oportunidade de fazer a diferença de forma concreta na vida de quem mais precisa.
A supervisora de laboratório do Hospital Márcio Cunha, Mirele Garcia, destaca que o estoque de
sangue é um dos pilares que garante a eficácia no atendimento hospitalar, principalmente em
emergências e cirurgias complexas. O sangue doado pode ser dividido em quatro
hemocomponentes essenciais: o concentrado de hemácias, o plasma, o CRIO e as plaquetas.
Cada um tem uma validade específica e desempenha um papel crucial em tratamentos diversos.
Enquanto o concentrado de hemácias pode ser armazenado por até 35 dias, o plasma e o CRIO
têm validade de até um ano. No entanto, as plaquetas, que são essenciais para tratamentos de
hemorragias e doenças como leucemia, têm uma validade muito mais curta, de apenas cinco
dias. Por isso, a doação de sangue precisa ser contínua e realizada de forma regular.
Mirele ressalta que a importância de doadores de todos os tipos sanguíneos é imensa. "Ter
doadores voluntários diários é fundamental para que possamos atender a demanda crescente de
pacientes que dependem de transfusões. A doação voluntária salva vidas e melhora as chances
de recuperação dos pacientes", acrescenta Mirele.
Ela explica ainda que, para realizar a doação, o candidato deve ter entre 16 e 69 anos, estar em
boas condições de saúde, pesar mais de 52 quilos e ter comportamentos sexuais seguros. Além
disso, as mulheres podem doar em intervalos de 90 dias e os homens de 60 dias, sempre
respeitando as orientações médicas e a triagem clínica realizada no momento da doação. “Para
tornar-se um doador de sangue é preciso estar atento a alguns detalhes. No caso de
adolescentes, com idade entre 16 e 17 anos, é preciso estar acompanhados pelos pais. Já
pessoas entre 60 e 69 anos poderão doar caso já tenham realizado uma doação antes dos 60
anos. O candidato deve ter dormido bem na última noite, não ter feito tatuagem ou piercing nos
últimos 12 meses. E as demais particularidades serão avaliadas durante a triagem clínica e
entrevista ao doador”, orienta.
O gesto de doar sangue não requer jejum, o que torna o processo ainda mais acessível para a
população. De acordo com Mirele, a doação de sangue é um processo seguro para o doador e
para o receptor, garantindo a proteção contra doenças e a correta armazenagem do sangue.
"Todos os procedimentos são realizados com materiais descartáveis e estéreis, e os testes
laboratoriais asseguram que o sangue coletado esteja livre de doenças infecciosas. Essa