Manifestantes pró-governo reúnem-se na manhã deste domingo (15) em várias cidades do país para atos em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ainda não há estimativa oficial de quantas pessoas participam dos atos.
Em algumas das principais capitais do país, como Rio de Janeiro e Brasília, as aglomerações de pessoas estão sob restrição como medida preventiva dos governos locais contra o coronavírus. Na capital federal, um decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) proibiu aglomerações com mais de 100 pessoas para reduzir o risco de propagação do novo coronavírus. Ainda assim, milhares de apoiadores do presidente saíram em passeata e carreata pela Esplanada dos Ministérios e pela região central de Brasília. Poucas pessoas, no entanto, usavam máscaras.
Uma das líderes do ato em Brasília, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) disse que o povo não precisa de comando para ir às ruas e, a despeito do pedido de Bolsonaro para que evitassem os protestos diante do coronavírus, quer defender o presidente de qualquer jeito.
“O Congresso precisa votar para o Brasil e não mandando recados, como derrubando o veto do BPC na semana passada”, disse ela. “Vamos dizer não ao parlamentarismo branco”, gritou a deputada em cima de um caminhão de som.
Em Ribeirão Preto (SP), o deputado federal Marco Feliciano (SP) disse que a manifestação não é recado para fechar o Congresso Nacional. “Isso aqui é apenas para dizer aos congressistas que a forma de governar o Brasil mudou”, afirmou. De acordo com ele, o presidente Bolsonaro reinventou a forma de governar o país. “Precisamos colocar o Brasil no eixo”, afirmou o deputado, que é um dos vice-líderes do governo.
Bolsonaro volta a endossar atos
Apesar de ter desestimulado os atos deste domingo e sugerido que as manifestações fossem remarcadas frente à escalada da crise de saúde, o presidente Bolsonaro voltou a endossar os atos neste domingo. Em uma rede social, Bolsonaro postou vídeos do protesto que acontece em Belém do Pará.